sábado, 20 de fevereiro de 2010

Inflorescência - definidas ou cimosas

Tipos de definidas ou cimosas:

Cima unípara ou monocásio (gr. monos=única; khasis=divisão) - quando abaixo do eixo primário terminado por uma flor, forma-se um só eixo secundário lateral também terminado por uma flor, e assim sucessivamente.

Escopióide ou drepânio (l. scorpione=escorpião; oeidés=semelhante) - os eixos secundários saem sempre do mesmo lado, curvando-se como a cauda de um escorpião. É o mesmo que drepânio.

Helicóide (gr. helikocidés=helicoidal) - os eixos secundários saem de um lado e do outro, alternadamente.

Cima bípara ou dicásio – sob a flor terminal do eixo primário, partem dois secundários opostos, também terminados por flor, os quais podem igualmente originar dois outros, e assim sucessivamente, podendo carecer de flor terminal.

Cima múltipla ou pleiocásio (gr. pleion=muito; khasis=divisão) - na região abaixo da flor terminal surgem mais de três ramos laterais, que, por sua vez, também produzem uma flor apical e o mesmo numero de ramos laterais.

Glomérulo (l. glomerulus, diminutivo de l. glomus=novelo) - flores sésseis a subsésseis onde a inserção das flores é tão fortemente congestas que toda a inflorescência assume o formato de um pequeno capítulo, de configuração mais ou menos globosa.

Ciátio (gr. kyathion, diminutivo de kyathos=pequena colher tipo concha) - constitui-se de um invólucro caliciforme de brácteas guarnecendo algumas flores masculinas constituídas por um único estame e uma flor feminina nua e pedicelada. As flores masculinas são geralmente compostas por um único estame.

Sicônio (gr. sykon=figo) – inflorescência de receptáculo carnoso e côncavo, com flores diminutas na parte interna. Na maioria das vezes, o acesso a essas flores se dá por um pequeno poro, chamado ostíolo.


Inflorescência - Indefinida ou racimosas:


Tipos de indefinida ou racimosas:

Cacho ou racimo (l. racimus=cacho de uva) - flores situadas em pedúnculos, saindo de diversos níveis no eixo primário e atingindo diferentes alturas.

Corimbo (gr. korymbos=cabeça) - flores situadas em pedúnculos saindo de vários níveis do eixo primário e atingindo a mesma altura. Normalmente, cada flor está submetida por uma bractéola.

Espiga (l. spica=espiga de trigo) - flores sésseis ou subsésseis, usualmente guarnecidas de brácteas que encontram-se inseridas ao longo de um eixo que pode ser carnoso ou intumescido, mas normalmente não é.

Espádice (gr. spadix=haste de puxar) – inflorescência com eixo carnoso, flores sem brácteas usualmente pequenas e sésseis. Normalmente o espádice é guarnecido por uma grande bráctea basal denominada espata e pode estar parcial a completamente adnato a esta.

Amento ou amentilho (relativo a l. amentum=correia ou tira) - variação de espiga delgada, flexível e pendente (normalmente bastante alongada) onde as flores, usualmente diminutas unissexuais e aclamídeas, encontram-se em pequenos grupos.

Umbela (l. umbella=guarda-chuva) - inflorescência com o eixo bastante congesto, fazendo todas as flores surgirem aparentemente do mesmo ponto. Pode ter todas as suas flores voltadas para cima ou voltadas para o lado, formando uma esfera de flores.

Capítulo (l. capitullum, diminutivo de l. caput=pequena cabeça) - quando o eixo se alarga na extremidade superior, formando um receptáculo côncavo, plano ou convexo, o toro, onde se insere um conjunto de flores sésseis (flósculo), rodeado por um conjunto de brácteas involucrais (pálea), em uma estrutura denominada periclíneo
.

Tipos de inflorescências:

Tipos de inflorescências:

Racemosa, indefinida, centrípeta ou monopodial – quando as flores se abrem de baixo para cima ou da periferia para o centro.

Cimosa, definida, centrífuga ou simpodial – quando o extremo do eixo primário, cessado o seu crescimento, termina numa flor que é a primeira a abrir-se, o mesmo ocorrendo com os eixos secundários, que aparecem sucessivamente, ou quando as flores se abrem do centro para a periferia.


Inflorescência (disposição dos ramos florais e das flores sobre eles)

Quanto à posição:

Axilares – na axila das folhas
Terminais – no fim do ramo

Quanto à disposição das peças florais:

Cíclica – peças florais dispostas em círculos concêntricos no receptáculo formando verticilos.

Acíclica ou espiralada – peças florais dispostas em espiral em torno do receptáculo

Quanto ao número:
Unifloras – uma flor na extremidade do pedúnculo ou eixo
Pluriflora – várias flores no mesmo pedúnculo ou eixo

Folha

Quanto à consistência:

Carnosa, crassas ou suculenta – folhas com reserva de água.

Coríaceas – folhas que lembram couro.

Herbácea – com consistência de erva.

Membranácea – consistência de membrana, sutil, delgada e flexível.

Cartácea – folha com textura quebradiça.

Limbo quanto à nervação (venação):


Nervação:

Uninérvea - com uma única nervura.

Peninérvea – (l. penna=pena; l. nervus=nervo) - nervuras secundárias ao longo da principal em forma de pena.

Paralelinérvea (gr. parallelus=linhas eqüidistantes em toda sua extensão; l. nervus=nervo) - nervuras paralelas entre si.

Peniparalelinérvea – nervuras secundárias paralelas a principal, quando esta existe.

Palminérvea ou digitinervea (l. palma=com formato semelhante com a palma da mão; l. nervus=nervo) - nervuras que saem todas do mesmo ponto, divergindo em varias direções.

Curvinérvea – nervuras secundárias curvas surgem desde a base, sendo paralelas a nervura central, convergindo no ápice.

Peltinérvea (pelta=pequeno escudo dos trácios, que era usualmente seguro por uma manopla inserida no centro) - nervura das folhas peltadas com nervuras irradiando do pecíolo que se insere no centro da lamina foliar ou próximo, na face dorsal do limbo.

Filotaxia – Quanto ao espalhamento

Compreende-se pelos diferentes padrões de disposição das folhas ao longo do sistema axial.




Folha - Filotaxia

Filotaxia (gr. phyllon=folha; gr. –tassein=organização) - disposição ou arranjo das folhas no caule.

Quanto à disposição das folhas no caule:

Alternas (l. alternus=um depois do outro, sucessivo) - uma folha em cada nó. Normalmente, a folha seguinte surge em uma posição diferente da anterior, o que evita o sombreamento completo das folhas mais antigas pelas folhas novas.

Opostas (l. oppositus=colocado diante, oposto):

Oposta dística – surge apelas uma folha por nó como na conformação alterna, mas a nova folha posiciona-se 180º em relação a folha anterior, formando um leque.

Oposta cruzada ou decussada – cada par cruza-se em ângulo reto com o par seguinte.

Verticilada (l. verticillus, diminutivo de l. vertex=pequena roda ou turbilhão) - 3 ou mais folhas em cada nó formando um verticilo foliar Ex. Espirradeira.

Rosuladas (rosetadas) (l. rosulatus, referente a l. rosa=rosa) - apresenta entrenós tão curtos que as folhas parecem surgir todas do mesmo ponto, formando uma estrutura compacta denominada roseta. Ex. Falsa-tiririca.

Geminada – possuem um par de folhas em cada nó, num mesmo ponto.

Fasciculada – 3 ou mais folhas num mesmo ponto do nó, reunidas em feixes.



Quanto à consistência

Quanto à consistência o vegetal pode ser:

Herbáceo – São caules tenros, carnosos, suculentos e com pouca consistência. Predomina o colênquima como tecido de sustentação, cujas células são ricas em celulose.

Lenhoso – são rígidos ou flexíveis e bastante consistentes. Predomina o esclerênquima como tecido de sustentação, cujas células são ricas em lignina.
Boa tarde!

Para se classificar uma planta é muito importante observar a maior quantidade possível de características, assim como sua forma de vida, tamanho, consistência, hábito...




Quanto ao desenvolvimento:

Erva (l. herba=erva) - forma de vida com caules nunca lenhosos e superfície (epiderme) usualmente verde ou esverdeada, de pequeno a médio porte.

Subarbusto - até um metro, com base lenhosa e restante herbáceo, com ramos tenros.

Arbusto (l. arbustum=arbusto) - menos de 5 metros, resistente e lenhoso inferiormente e tenro e suculento superiormente, sem tronco predominante, porque se ramifica desde a base.

Arvoreta - com a mesma arquitetura da arvore, porem alcançando até 5 metros.

Árvore (l. arbore=árvore) - forma de crescimento comum em plantas terrestres lenhosas, onde o vegetal cresce de forma monopodial até atingir cerca de 2 metros de altura e depois se ramifica. Assim, a planta adquire um tronco não-ramificado (fuste) e depois uma copa.

Liana (fr. Liane=cipó) - forma de vida vegetal com crescimento lenhoso, porém incapaz de elevar o próprio peso. Geralmente as lianas iniciam seu crescimento como trepadeiras e depois desenvolvem um caule lenhoso.